Cães em nossa Cultura

Em seu livro “O cão: uma história Natural” o pesquisador húngaro Ádám MIklósi
descreve como o cão faz parte de nossa cultura desde os tempos mais remotos.
Segundo o autor, os cães têm sido retratados desde que as primeiras
pinturas nas cavernas feitas muitos séculos atrás. Essas pinturas nos ajudam a
entender como era a relação cão-homem naqueles tempos.

Os cães que foram pintados nas casas da Roma antiga e mesmo nos quadros medievais, de acordo com o autor, nos ajudam a ver quais raças de cães existiam na época e compará-las com as de hoje. O pesquisador destaca ainda como a utilização de algumas raças, para a caça, foi modificada com o avanço da tecnologia, sendo um exemplo de seleção direcional. No início os caçadores se utilizavam de raças como os “Hounds”, devido a seu
comportamento natural de caça. Esse grupo de cães têm um olfato muito apurado e,
devido a sua constituição física, são ótimos para retirar animais de toca. O interessante é observarmos aqui na creche, que essa linhagem de cães, mesmo nos tempos modernos, assim como os Dashounds (“Salsichas”) são bem curiosos e se utilizam do focinho para brincadeiras.

Com o passar do tempo armas de fogo foram introduzidas na caça. Desse modo
outros tipos de comportamento caninos eram necessários, então uma nova linhagem
surgiu, os “Pointers”. Essa raça tem como característica apontar a direção da presa,
indicando ao caçador a localização dela, porém sem retirá-la da toca.

Podemos ver por essas informações que os cães têm tido uma relação forte com
os seres humanos muito antes de eles formarem as cidades. Essa relação sofreu e vem
sofrendo modificações conforme nossa própria cultura se modifica. Dessa maneira já
não podemos pensar em nossa cultura sem a presença de nossos amigos caninos.

Abraços,
Fausto